quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Nosso Velho Chico

O rio São Francisco também é chamado de Opará, como era conhecido pelos indígenas antes da colonização, ou popularmente de Velho Chico.

É um rio brasileiro que nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, a aproximadamente 1200 metros de altitude, atravessa o Estado da Bahia, fazendo a divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas. Por fim, desagua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641.000 km² e atingindo 2.830 km de extensão.

Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.

O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem cinco usinas hidroelétricas.

As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total.

A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais-Bahia e a cidade de Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.

Os aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG) e até mesmo em Carinhanha (BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.

À medida em que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação seca.

2 comentários:

  1. Espero que leve em frente esse blog, precisamos ouvir um pouco da verdade que se passa em seu dia....
    Te amo...

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  2. Dr. Carlos Eduardo, estava fazendo uma pesquisa sobre o nosso bom e velho Chico, mais precisamente sobre sua nascente, quando tive uma boa e grande surpresa ao ver este blog desenvolvido pelo senhor.
    Concordo com o irmão do senhor ao dizer que devemos ter conhecimento sim do que realmente se passa com nosso meio ambiente, e ninguém melhor que o senhor, que vem desenvolvendo um ótimo e belíssimo trabalho na defesa do mesmo, para fazê-lo. Só é preciso divulgar mais este blog e postar novos trabalhos, apesar de que, talvez não o tenha feito devido a falta de tempo, mas espero que não desista e continue com este trabalho que também nos deixa orgulhosos e com uma ponta de esperança de quem sabe um dia o verde de nossa linda bandeira não diminua, como o amarelo diminuiu, mas sim continue grande; grande no sentido real de sua extensão. Boa sorte e parabéns!

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